Até o final do Capítulo II, Barrie nos oferece uma imagem muito clara do que é a família Darling e do papel que cada um exerce no interior dela. Então, no final, ficamos sabendo que alguém os espreita o tempo todo: Peter Pan. É um momento de "ataque", digamos assim. Cave, Peter! ["Agora, Peter!"] - impelem as estrelas. Acho que o esboço à esquerda pode traduzir isso bem. A partir daí, o mundo real vai se desmanchando aos poucos, e a janela do quarto dos Darling fica aberto à fantasia. A moldura da árvore se inverterá, e veremos o céu estrelado (na minha ilustração) de dentro da casa.
No Capítulo III - Come away! Come away! [Vamos! Vamos!], Peter vem buscar sua sombra, acompanhado de Tinker Bell, a fada que no teatro não passava, na representação tradicional, de um foco de luz e de tilintar de sinos. Ela deve começar assim, como uma mancha brilhante apenas - embora Barrie já a descreva desde o início, meio gorducha e vestida com uma folha seca - assumindo a forma de fada só mais adiante, quando estiver em Neverland.
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