Bom. Editoras desistem, parceiros desistem. Eu não.
Prossigo trabalhando em Pan sozinha porque (escolha a alternativa que lhe parecer mais correta):
a) sou teimosa
b) sou doida
c) sou obcecada
d) sou apaixonada
e)........................... (acrescente o que quiser)
Não tenho tempo sobrando. Mas Peter não sai da cabeça, não adianta. Bem coisa dele, mesmo. Depois de anos acreditando que Peter Pan existe, começo a imaginar que ele virá me assombrar qualquer hora dessas pela janela do meu quarto...
Agora, a abordagem mudou. Feliz ou infelizmente, não tomará mais o formato de uma história em quadrinhos. Infelizmente, porque seria maravilhoso continuar com essa ideia, contando com uma equipe; felizmente, porque agora, assumindo sozinha, faço com Peter o que quero, e produzir os quadrinhos não era minha ideia inicial. Sempre estive consciente do enorme trabalho que ele daria (os que me conhecem pessoalmente, sabem que eu cansei de apontá-lo, devido a experiência com Adormecida: cem anos para sempre. Se este conto gráfico de em torno de 35 páginas levou 2 anos para ser produzida, imagine uma história de mais de 200!).
Continuarei dentro da proposta de uma narrativa gráfica. O que significa dizer o seguinte: não será mais quadrinhos mas também não será propriamente um livro ilustrado, com um texto de Barrie traduzido ou recriado (sinceramente, não tenho vontade nenhuma fazer com Peter Pan e Wendy o que já fiz com tantos contos de fadas e literatura canônica (Se quiserem saber mais sobre isso, vejam em Moskheroica e em Moscafadas). O texto de Barrie será atravessado por um outro tipo de leitura, resultando num outro formato.
Enfim: eu nunca paro de pensar neste projeto. E ele será concluído e publicado, de um modo ou de outro. Aguardem.
obs.: uma vez que as artes criadas para os quadrinhos estão isentas de qualquer compromisso e liberadas de contrato, vou divulgá-las aos poucos aqui neste blog. Eu já havia concluído os quadros até o final do capítulo 3, ou seja, até o momento em que Peter Pan leva as crianças Darling consigo para Neverland. Cerca de 65 páginas.